“Em um momento qualquer, um olhar te prende... A cada cinco
minuto você olha e percebe que aquela pessoa não para de te olhar. Primeiro você
finge que não liga depois você começa aceitar e por fim uma risada. Com uma
atitude de um dos dois, começa uma conversa... Troca de comunicação (celular,
face, MSN...). Conversa vai e vem e os sentimentos começam a rolar até que você
finalmente vocês dois saem graças um “sim”. Você começa a olhar de novo aqueles
olhos sinceros e ao mesmo tempo traiçoeros por que te hipnotizam de uma forma inexplicável...
Um sorriso que te faz enlouquecer e por fim um beijo, um beijo que faz viajar para
o mundo que você nunca imaginou que existia. O tempo passa, e você começa a gamar,
seus sentimentos começam a aumentar, aqueles olhos faz seu coração acelerar... Até
que este mesmo sentimento não é correspondido... Você sente que tudo foi uma
ilusão, seu mundo desmorona, e você sente raiva de si próprio por ter mais uma
vez acreditado no amor. Um amor que você jurou não ter de novo por que seu
coração já tinha cicatrizes de um antigo amor que você sofrerá e quem nem o
tempo foi capaz de apagar.” (Bruno Nepo)
As pessoas dizem que é tão fácil ouvir o coração, que é tão fácil
esquecer uma dor, que é tão simples esquecer uma paixão. Você se ilude por
alguém e quando seus sentimentos estão a flor da pele você leva um tombo maior
dos que você já havia levado da vida. Ou pior você iludiu uma pessoa e a faz
sentir como cacos de vidro, com o coração dilacerado.
Principalmente no mundo de hoje em que “Eu te amo” é o mesmo
que dizer “Bom Dia”. Vivemos em um século em que as pessoas deixaram de brincar
de esconde- esconde ou pega-pega e começaram a brincar com os sentimentos das
pessoas. Mais aonde é que vem a graça de destruir o coração de alguém? Em que
parte encontra o “interessante” em fazer alguém chorar?
As ilusões fazem com que as pessoas desacreditem no amor,
quando alguém brinca com o sentimento da outra, faz com que ela perca a vontade
de sonhar, de viver o amor, de acreditar em contos de fada que nada mais é que parábolas
de um amor que existiu, pois se alguém teve inspiração de escrever é por que já
viveu isso. Imagino que se alguém finalizou uma história com “e viveram felizes
para sempre” é por que tinha certeza do que estava escrevendo... Já devia ter
seus 70 anos e havia vivido toda uma mágica no amor, que naquela época era mais
fácil de encontrar.
O que eu mais desejo é que podemos viver num mundo moderno de hoje, mais com um amor
forte e intenso da década de 60. Desejo que as pessoas voltam a acreditar no
amor incondicional, fiel e verdadeiro... Que o amor se torne de novo um
sentimento real, que ele reapareça por que este sentimento de hoje eu não me
atrevo a chamar de “amor”. E quando as
pessoas voltarem a amar de novo e pararem de machucar as outras pessoas, vão descobrir
o que é felicidade.
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